Segundo o comentário deixado pela
Van, o amor-perfeito é perfeito, como o próprio nome já diz tudo...
O texto abaixo é a breve narrativa, que havia prometido a vocês, da minha pequena lembrança sobre essa flor chamada amor-perfeito...
Amor - Perfeito - Florzinha Mimosa Já havia participado de outras excursões, mas com os colegas da mesma classe, aquela era a primeira vez...
Era uma sugestão da nossa professora de Estudos Sociais.
Lembro-me vagamente da sua fisionomia: estatura mediana, cabelos longos, olhar tranqüilo, segura de si, responsável e com a paciência dígna de uma educadora.
O sol brilhava radiante, bonito, num frescor primaveril. O dia certamente estava abençoada pela graça de Deus.
Partimos em direção à serra-da-mantiqueira; entre roncos do motor do ruidoso ônibus de excursão, fretado, lotado de alegres colegiais seguíamos rumo à meta final: a cidade de Campos de Jordão.
A natureza - platéia generosa da nossa fauna e flora - numa cumplicidade admirável, assistia ao cenário disfarçando-se a sua pontinha de ciúme.
Sentia-me tranqüila, e confortavelmente agasalhada. Trajava um blusão - presente do meu pai - feito de vários fios de lãs de tonalidades alegres.
Estávamos todos contentes e corados devido ao vento gelado em nossos rostos.
Ouviam-se clicks aqui e acolá, cameras registrando a magnífica visão das longínquas cidades vizinhas que podiam ser avistadas lá do alto da serra.
Alegres risos se mesclavam àquela sensação agradável realçada pelas flores coloridas - amores-perfeitos - florzinhas mimosas, que se confundiam entre as borboletas em busca de nectares. Trêmulas, delicadas e de cores vivas, dançavam ao ritmo das brisas perfumadas.
Havia comprado um cachecol, chocolates, e pequenas especiarias da charmosa suíça brasileira como lembrancinhas.
O tempo voou e já anunciava o entardecer: era hora de nós nos despedirmos da cidade.
Estava feliz, pois, trazia comigo algumas mudinhas daquelas florzinhas mimosas, cuidadosamente ajeitadas dentro de um saco de plástico.
A claridade já esvaecia, ao retornar à casa.
Mesmo com pouca claridade, umedeci, afofei a terra com muito carinho e terminei de plantá-las. Enquanto as mudinhas eram plantadas, viajei nas asas da minha imaginação num vôo alto, e visualizei como por encanto mágico um canteiro repletos de amores-perfeitos.
Ao regá-las fartamente, a vivacidade já se manifestava novamente.
Na manhã seguinte, os pássaros cantavam alegremente.
Ansiosa fui em direção ao meu canteirinho; não acreditei no que estava vendo! As folhas das mudinhas estavam completamente decepadas, espalhadas no chão. Elas tinham sidos atacadas pelas formigas enormes que transportavam-nas numa trilha que as levavam ao formigueiro.
O serviço da poda inesperada fora feita de uma forma exemplar, não havia restado uma só mudinha que pudesse tê-la salvado...
A minha sensação de impotência era tal, mas aceitei sem grandes alardes o fato, sabia que essas coisas acontencem na natureza, e que as formigas são, também seres vivos, apesar de serem odiadas pelos estragos que causam às plantações.
O meu sonho de um jardim florido, repletos de alegres amores-perfeitos, desbotara num despertar de um dia para outro numa fatalidade não prevista, como se tivessem sidos lavadas pelas águas de um temporal repentino numa noite de chuva de verão...
Texto: by Elena
Obrigada pelos comentários carinhosos..
Até uma outra anotações minhas..
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Elena 5:09 PM